Bancários de Pernambuco aderem à greve nacional

Com agência fechadas, serviços importantes estarão suspensos / Foto: arquivo ABr
Com agência fechadas, serviços importantes estarão suspensosFoto: arquivo ABr
Em assembleia na noite desta segunda-feira (29), na sede do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, em Santo Amaro, na área central do Recife, a categoria rejeitou mais uma proposta de reajuste salarial e aprovou para esta terça-feira (30) o início de greve por tempo indeterminado. A parada afeta os clientes dos bancos públicos e privados. Em Pernambuco, são mais de 12 mil funcionários que atuam em cerca de 600 agências bancárias. Segundo a classe trabalhadora, a greve é uma resposta para as instituições financeiras, que não atenderam nenhuma reivindicação da Campanha 2014.

Com a paralisação, os clientes não poderão acessar o interior das agências que estarão fechadas, com isso, serviços como debitar cheques, receber cartões, retirar empréstimos ficam suspensos. Poderão ser realizadas apenas tarefas oferecidas nos terminais de autoatendimento,como saques, pagamentos e transferências. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, as agências contarão apenas com a presença dos gerentes, que poderão resolver questões especiais.

Os bancários pernambucanos não são os únicos a cruzar os braços. Em todo País a categoria segue mobilizada. Os trabalhadores alegam que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) tem feito propostas inaceitáveis e que não garantem nenhum aumento real. Até agora, foram oito rodadas de negociações desde a entrega da pauta, em 11 de agosto. A última paralisação nacional dos bancários ocorreu entre setembro e outubro do ano passado e durou mais de 20 dias.

Entre outras reivindicações, eles defendem um aumento de 12,5%, com ganho real de 5,8%. Para o cálculo da inflação foi utilizado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou alta de 6,35% no período de 12 meses encerrado em agosto. A data base dos bancários para renegociar os contratos coletivos de trabalho é 1º de setembro. No último sábado (27),  a federação ofereceu um reajuste de 7,35% nos salários, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nos valores dos vales e auxílios. Para o piso da categoria, o reajuste oferecido foi de 8%.

Nesta segunda-feira (29), O Procon orientou, em nota, os consumidores a continuarem pagando suas contas, o que pode ser feito pela internet, nos caixas eletrônicos, casas lotéricas, supermercados e agências dos Correios. A Fenaban ainda esclareceu que apenas 10% das operações bancárias são feitas por meio das agências.
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Assembleia nesta quinta-feira decide sobre greve por tempo indeterminado

O Sindicato realiza nesta quinta-feira, dia 25, assembleia com os bancários para deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 30.

 A assembleia é aberta a toda a categoria e será realizada às 19h, na sede da entidade (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).

Depois de um mês e meio de negociações, os bancos apresentaram na semana passada um conjunto de proposta que não atende as reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários. Diante do impasse, os sindicatos convocaram a categoria para mais uma greve por tempo indeterminado.

A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, explica que a greve foi convocada para o dia 30 para que os sindicatos possam cumprir à risca todos os trâmites para que a greve ocorra dentro da legalidade. “Já publicamos a convocação da assembleia em edital, na Folha de Pernambuco. Depois da assembleia, vamos publicar o aviso de greve e veicular nas rádios um comunicado à população informando sobre a paralisação dos bancários. Além disso, vamos contratar carros de som para circular pelas ruas do Recife anunciando para as pessoas que os bancos estarão fechados a partir do dia 30”, conta.

Segundo Jaqueline, o objetivo deste cuidado todo é cumprir as determinações previstas na Lei 7.783/89 (Lei de Greve) para evitar que a paralisação seja considerada abusiva ou ilegal pela Justiça. Segundo o artigo 13 da Lei, os sindicatos são “obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de setenta e duas horas da paralisação”.

“Durante as mobilizações da Campanha Nacional, iniciadas no começo de agosto, o Sindicato distribuiu aos clientes folder para explicar as reivindicações dos bancários e o processo da Campanha Nacional. O objetivo é garantir o apoio dos clientes e usuários, como ocorreu nos últimos anos, para fortalecer o movimento dos bancários”, diz Jaqueline.

A Campanha – O Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) já realizaram sete rodadas de negociação. Na semana passada, os representantes das instituições financeiras apresentaram um conjunto de propostas para as reivindicações da Campanha 2014.

Entre os principais pontos estão o reajuste de 7% (0,61% de aumento real) no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação e creche, além de 7,5% no piso (1,08% acima da inflação). Também propuseram a garantia de emprego para as bancárias que engravidam no aviso prévio, a proibição de enviar mensagens aos celulares particulares dos bancários e avanços nos direitos dos casais homoafetivos. 

“As propostas têm alguns avanços, mas queremos mais, muito mais, como diz o slogan da Campanha Nacional deste ano. Não dá para fechar um acordo sem contemplar a questão do emprego, das metas abusivas, da segurança. Os bancos podem melhorar a proposta esta semana, caso queiram evitar a greve. Nós sempre apostamos na mesa de negociações. Mas infelizmente, na última décadas, temos entrado em greve todos os anos por conta da intransigência dos bancos (mais aqui). Ao que parece, este ano não será diferente. Então, vamos construir uma grande greve e mostrar para os bancos que os bancários são de luta”, afirma Jaqueline.

Nova assembleia - Na véspera da greve, no dia 29, o Sindicato realiza outra assembleia para organizar o movimento, também às 19h, na sede do Sindicato.

>> Confira a cobertura completa da Campanha Nacional

Fonte: Seec PE
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INDEPENDÊNCIA OU COVARDIA?

Coluna Política da semana
Por Bruno Felipe


“Existem ‘n’ candidatos ao governo do Estado. Não me vejo representado por nenhum deles, mas, sabendo da influência que eu tenho nas pessoas que sempre acreditaram em mim, eu irei votar no Candidato A, pois, apesar de todas as discordâncias, é o melhor (ou “menos ruim”) entre os demais candidatos. Informo, ainda, que mesmo que o Candidato A vença, estarei seguro em fazer oposição ao seu governo”. Nas eleições atuais, assim como acontece em muitas outras, existem alguns nomes fortes da política pernambucana que resolveram adotar uma postura “independente”. Aí eu pergunto: o que isso significa? Vamos citar dois casos particulares.

                                                                                 
                                                                                    INDEPENDÊNCIA?

O primeiro é o da vereadora do Recife e candidata a Deputada Estadual Priscila Krause. Sempre bem votada nas eleições municipais, resolveu tentar novamente à Assembleia. Seu partido, o DEM, faz parte da Frente Popular, que tem como candidato ao Governo Paulo Câmara. O DEM entrou na Frente Popular para ganhar uma sobrevida. Se não tivesse nessa coligação, poderia passar as eleições sem eleger um deputado. A vereadora, porém, resolveu adotar o discurso da independência. Não apoia nenhum candidato ao Palácio. Como fica a situação daqueles que sempre a seguiram, votaram nela e nos candidatos que ela apoiava? Para tentar ser coerente, abriu mão do tempo no guia eleitoral de rádio e televisão. Independência?


COVARDIA?

O segundo caso é mais emblemático. É do Deputado Estadual e candidato a Deputado Federal Daniel Coelho (PSDB). Seu caso é bem semelhante ao de Priscila. Seu partido entrou na Frente Popular para tentar eleger mais deputados também. Porém, ele usa o tempo eleitoral dos proporcionais da coligação da qual seu partido faz parte. O caso dele é mais emblemático porque ele carrega consigo quase 250 mil votos dos recifenses que confiavam nele para ser Prefeito. E os que esperavam que ele se posicionasse? O próprio candidato do seu partido à presidência, Aécio Neves, disse, em entrevista, que um político tem que se posicionar, mesmo que vá para oposição depois. Qual é a dificuldade? Por que ele não faz isso? Covardia?


INDEPENDÊNCIA OU COVARDIA? 2

O que custaria aos dois candidatos dizer o texto do início desta coluna/post? Seriam mais coerentes. A impressão que fica é que eles querem “lavar as mãos” para o que de ruim possa a vir a acontecer. Isso não é independência. Isso é covardia. Isso é medo.

EXEMPLOS

Os deputados Terezinha Nunes (Estadual) e Bruno Araújo (Federal), ambos do PSDB, sempre fizeram oposição ao atual governo estadual. Esse ano, apesar do partido não ter candidato próprio, tiveram a coragem de apoiar o candidato que tem apoio do seu partido. Respeitaram seus eleitores. Simples.


FARINHA DO MESMO SACO

Tem pessoas do PSDB de Pernambuco que está apoiando o Senador Armando Monteiro (PTB), candidato ao Governo. Até aí seria algo normal. O que é anormal, entretanto, é que o principal aliado de Armando é o PT, que é inimigo número um do PSDB (e vice-versa). Ou seja, estão juntos no mesmo palanque. Como entender?


CRESCEU

Contrariando as minhas perspectivas, o candidato ao Senado Fernando Bezerra Coelho (PSB) cresceu bem e já encostou no seu adversário João Paulo (PT), segundo as pesquisas. Se assim continuar, a tendência é que ele ultrapasse o petista e seja eleito.


COINCIDÊNCIA?

Coincidência ou não, desde que Lula e Dilma vieram fazer campanha para Armando Monteiro no Estado, o senador só faz cair nas pesquisas. Isso significa que a força do ex-presidente está diminuindo e de Dilma também. A prova disso é que quem lidera a corrida presidencial por aqui é Marina Silva (PSB). Entretanto, o candidato do PTB insiste para que os dois voltem ao Estado. Eles voltarão. Resultado?


OBRIGADO
Bruno Felipe
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A Política e o Medo

A campanha do PT contra a candidatura de Marina Silva (PSB) já passou do limite de apenas “desconstrução de imagem” a baixaria.


Por
  


MEDO

“Medo. Substantivo masculino. Do latim, ‘metu’. 1 Perturbação resultante da ideia de um perigo real ou aparente ou da presença de alguma coisa estranha ou perigosa; pavor, susto, terror. 2 Apreensão. 3 Receio de ofender, de causar algum mal, de ser desagradável.” Desde a eleição que elegeu Fernando Collor presidente do Brasil, o medo está presente em todas as campanhas, principalmente nas presidenciais. Por que seria diferente em 2014? Todos lembram o que Collor fez contra o presidente Lula para se eleger presidente (menos eu. Não era nascido). O ex-presidente Lula sofreu com o discurso do medo. O PT esbravejava contra esse tipo de política. Até que em 2002, “a esperança venceu o medo”. Não teve Regina Duarte certa que fizesse Lula perder aquela eleição. É verdade que precisou de uma “carta aos brasileiros”, mas não importa. O baixo nível dos tucanos não foi suficiente para fazer com que Serra vencesse a disputa. Pensávamos que as próximas eleições não teriam mais esse tipo de discurso. Que as próximas eleições seria feitas com propostas e nada mais que propostas. Mera ilusão. Para não perder a “mamata”, o ser humano é capaz de tudo.

MEDO 2


A campanha do PT contra a candidatura de Marina Silva (PSB) já passou do limite de apenas “desconstrução de imagem”. A baixaria, com produção hollywoodiana, ultrapassou a barreira do aceitável. Acusar alguma pessoa de ser sustentada por banqueiros seria normal se fosse feito por um eleitor descrente com os políticos. Mas quando vem da presidente, aquela que nos representa, chega a ser ridículo e vergonhoso.

MEDO 3

O ex-presidente Lula deu total independência para Henrique Meirelles presidir o Banco Central. Qualquer sinal de interferência do então presidente, Meirelles ameaçava deixar o cargo. E assim funcionou muito bem. O mercado gostou e a economia brasileira teve seu melhor momento. Entretanto, quando outra candidata tem a mesma ideia isso não é bom. Ela é do mal. Quer tirar “comida dos pratos dos mais pobres”. É o diabo em pessoa. Medo.


ENGRAÇADO

Sobre o “medo 2”, a banqueira que ajuda na campanha de Marina já trabalhou para o PT. Neca Setubal também ajudou na campanha que elegeu Fernando Haddad prefeito de São Paulo. Mas, claro, em 2012, ela era boa. Agora, ela se converteu ao lado negro da força.

ENGRAÇADO 2

O PT leu e releu o programa de governo do PSB várias vezes para encontrar as incoerências do programa. Engraçado. Ler e reler os vários contratos suspeitos da Petrobras, que é bom, nada.

FOI BOM ENQUANTO DUROU

Ao PSDB, resta o mesmo destino do DEM: acabar. Não oficialmente, mas alguém se lembra de algum candidato competitivo do DEM? Aécio Neves, candidato tucano ao Planalto, definha. Está em humilhantes 15%. Nesse patamar, não conseguirá ser útil para nenhum candidato no segundo turno. Em alguns estados, ele tem desempenho igual aos dos nanicos. Em Pernambuco, por exemplo, tem míseros 2%.

Apesar da...

...alta rejeição que tinha, José Serra, candidato tucano ao Planalto em 2010, venceu em oito estados brasileiros. Entre eles, São Paulo e Rio Grande do Sul. Aécio, pelo que mostra as pesquisas, não conseguirá vencer nem em seu estado natal, Minas Gerais.

Apesar de...

...artificial, as trocas de farpas entre os três principais presidenciáveis movimenta a campanha desse ano. Um acusa o outro disso ou aquilo.  Até o Twitter virou um octógono para os candidatos. Marina Silva, com todas as suas incoerências, se transformou em principal alvo.

PERGUNTAR NÃO OFENDE

Aécio Neves anda dizendo que, se o ele não vencer a eleição, seu partido, PSDB, será oposição, mesmo se a vencedora for Marina. Como perguntar não ofende, eu pergunto: Caso Marina vença, o PSDB fará oposição ao lado do PT, seu maior inimigo?

SERVE PRA QUÊ?

Os candidatos nanicos como Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB) fazem a gente se divertir nos debates. Não são levados a sério e nem se levam a sério, acredito eu. Pastor Everaldo (PSC), não chega a tanto, mas vai seguindo o mesmo caminho. Contudo, tem candidata nanica que se acha especial, que é mais que todos os outros. A dona da verdade. De quem eu estou falando? Claro que é da insuportável Luciana Genro (PSOL). Nem seus correligionários a levam a sério, vide o senador Randolfe Rodrigues e Heloísa Helena. Tinha mais apreço pelo último candidato à presidência pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio. Pelo menos ele era engraçado.


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