Energias renováveis devem responder por 45% da matriz brasileira em dez anos

Agência Brasil

Com crescimento estimado de 5,1% ao ano, as fontes renováveis de energia devem passar de 43,1% para 45% da matriz brasileira em 2021. A projeção está no Plano Decenal de Expansão de Energia, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O documento, que fica em consulta pública no Ministério de Minas e Energia até o dia 31 de outubro, traz as metas para adaptação do setor conforme prevê o Decreto 7.390/2010 que regulamenta a Política Nacional sobre Mudança do Clima.

De acordo com o presidente interino da EPE, Amilcar Guerreiro, a meta para o setor é não ultrapassar 680 milhões de toneladas de gás carbônico de emissões absolutas em 2020. Para que isso ocorra, foi feito o planejamento de crescimento de cada fonte de energia a longo prazo.

“Para uma parte do horizonte os leilões já estão feitos e estão com uma probabilidade de ocorrência muito alta. Claro que sempre tem a incerteza da demanda. Mas nos primeiros cinco, seis anos, boa parte da oferta já está basicamente definida. Agora, para completar o horizonte de dez anos, aí você tem exatamente o plano e, portanto, tem metas a serem atingidas”.

Um dos destaques é o aumento da produção de energia eólica, que hoje não chega a 1.000 megawatts (MW). A meta é chegar a 16 mil MW em 2021. Segundo Guerreiro, uma parte já está leiloada e deve entrar em operação a partir do ano que vem. Outra oferta em ascensão é a das energias derivadas da cana-de-açúcar, tanto o etanol como o bagaço, com crescimento de 8,1% ao ano.

Mesmo com a previsão de aumento da participação do gás natural dos atuais 11% para 15,5% em 2021, devido à exploração na camada pré-sal, o presidente interino da EPE disse que as metas de emissão de gases de efeito estufa no setor energético serão mantidas. De acordo com ele, o mais importante é que as emissões não cresçam em uma proporção maior do que o crescimento da economia do Brasil.

“Com a evolução da demanda, com essa estratégia de oferta, você mantém, em 2020, a intensidade de carbono na economia. Quer dizer, você não está emitindo mais gás carbônico por unidade de PIB [Produto Interno Bruto]. A sua economia cresce, mas ela não fica emitindo mais do que proporcionalmente ao aumento da economia”, declarou.

A meta é manter a intensidade de carbono na mesma proporção medida em 2005, ano em que foi feito o segundo inventário brasileiro de emissões de gás carbônico.

O Plano Decenal da EPE prevê crescimento na capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional de 56% até 2021, com destaque para a geração hidrelétrica, com a entrada em operação da Usina de Belo Monte. A malha de transmissão deve chegar a 150,5 quilômetros. Guerreiro lembra que o nível de atendimento de energia elétrica atualmente está muito perto de 100% e o crescimento é de 1,5 milhão de ligações residenciais por ano.

No setor de hidrocarbonetos, a produção de petróleo deve saltar de 2 milhões de barris por dia (bpd) para 5,43 milhões até 2021, com a entrada em operação de 90 plataformas de produção. Como a demanda projetada é de 2,89 milhões de bpd, o excedente de 2,54 milhões será destinado à exportação.

A previsão é que a oferta de energia não-renovável cresça 4,7% ao ano, enquanto a de energias renováveis aumente 5,1%. Com isso, será possível suprir a demanda, que deve crescer 4,7% ao ano até 2021. O investimento total estimado para os próximos dez anos é R$ 1 trilhão.
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Infraestrutura logística é desafio para crescimento das exportações, diz AEB

Agência Brasil

A recuperação da Europa ante a crise internacional e a manutenção do crescimento econômico na China são dois elementos, na área externa, que o presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, considera essenciais para a evolução do comércio exterior brasileiro. No campo interno, os principais desafios envolvem a questão da infraestrutura logística e a realização das reformas tributária, previdenciária e trabalhista.

A AEB promove hoje (27) e amanhã no Píer Mauá, no Rio de Janeiro, o 40º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex 2012). Empresários e representantes do governo vão debater propostas para um comércio exterior sustentável.

Em entrevista à Agência Brasil, Castro disse que o fato de as exportações dependerem em cerca de 70% de commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado exterior) faz com que elas “flutuem ao sabor do bom humor econômico do mercado internacional, mais especificamente da China”. Por isso, acrescentou, enquanto a China e a Europa mantiverem o bom humor, o cenário será favorável ao Brasil. “O que não pode é o bom humor mudar de repente para mau humor, principalmente a China, que é a grande compradora e influencia os mercados como um todo”. Segundo Castro, se esse cenário perdurar, o comércio externo do Brasil deve apresentar bons resultados, “numericamente”.

Ele defendeu a necessidade de que o quadro da China seja acompanhado porque, mês a mês, a economia chinesa tem registrado redução no crescimento. “E para o Brasil, o crescimento da China é fundamental”. Os Estados Unidos, embora sejam um mercado muito grande, são, na verdade, concorrentes do Brasil, na medida em que exportam soja, milho, carnes, açúcar, produtos também vendidos pelo nosso país. “Para nós, é muito importante que a Europa consiga se recuperar e a China mantenha o ritmo que tem hoje”.

O debate sobre o futuro do comércio exterior brasileiro resultou em mais de 3,2 mil participantes inscritos para o Enaex 2012. “O brasileiro está buscando informações. Está ansioso para ver o que vai acontecer este ano e nos próximos, principalmente”. Segundo Castro, o comércio exterior afeta a todos, direta ou indiretamente, englobando empresas de todos os tamanhos. “Eu sempre digo que comércio exterior hoje não é uma opção. É decisão estratégica de uma empresa. No mundo globalizado, se eu não for ao exterior combater o concorrente, ele virá. Então, tenho que estar sempre preparado para enfrentá-lo, aqui ou lá fora”.

Castro advertiu que no ambiente interno começou a acender uma luz de maneira mais forte. “A decisão [do governo federal] de investir R$ 133 bilhões em logística é ótimo passo. A criação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) é um grande avanço. Só o fato de passar a pensar o problema já é um caminho”.

Ele disse que aguarda medidas na área de infraestrutura portuária, que também representarão um avanço. “Porque todos nós sabemos que um dos grandes gargalos do Brasil é a infraestrutura portuária”. Castro avaliou que concessões ao setor privado nessa área aumentariam a concorrência e provocariam redução de custos. “É exatamente o que precisamos para tornar os produtos manufaturados mais competitivos”.

O presidente em exercício da AEB destacou que essas medidas mostram que é possível o Brasil fazer o dever de casa e gerar competitividade interna. “Existem fatores hoje que nos levam a ter esperança. E ela está se tornando mais clara”. Ele estimou que as exportações levarão o comércio exterior brasileiro a ter um superávit entre US$ 12 bilhões e US$ 14 bilhões este ano, em razão da queda observada nas importações. Para as exportações, o resultado esperado é US$ 237 bilhões.
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Itaú Unibanco anuncia investimento de R$ 10,4 bi em tecnologia até 2015

Dentro do pacote de investimentos está a construção de um novo centro de tecnologia em Mogi Mirim, que vai concentrar as transações bancárias do grupo


Estadão.com

O Itaú Unibanco anunciou nesta terça-feira (25) um investimento de R$ 10,4 bilhões, até 2015, nas áreas de tecnologia, inovação e atendimento. Dentro deste investimento está um novo data center (centro de dados) em Mogi Mirim (SP), com custo estimado de R$ 2,3 bilhões.

"É um programa grande, macroeconomicamente relevante", disse o presidente executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal. Ele destacou que o investimento em tecnologia vai dar mais eficiência, segurança e agilidade ao banco. De acordo com Setubal, o Itaú vem triplicando os investimentos em tecnologia.
A previsão é que a primeira etapa das obras do novo centro tecnológico fique pronta em 2014. O centro terá capacidade de processar 24 mil transações bancárias por segundo. Hoje, na média, o banco faz cerca de 2 mil transações por segundo, disse Alexandre Barros, vice-presidente de tecnologia do Itaú. O banco prevê uma economia de 40% com energia elétrica com seu novo data center. A unidade terá equipamentos mais modernos, que consomem menos energia.

Na verdade, serão construídos em Mogi Mirim dois data centers - um servirá de reserva e será ativado se houver qualquer problema no outro. Segundo Setubal, o atual data center do banco, que fica em São Paulo, é do início dos anos 80. O novo centro tecnológico, que ficará em uma área equivalente a 120 campos de futebol, também deve durar em torno de 30 anos.
Além do novo centro da dados, o Itaú Unibanco pretende destinar R$ 2,7 bilhões para a renovação da infraestrutura de telecomunicações, R$ 800 milhões para aquisição de softwares e R$ 4,6 bilhões em desenvolvimento de sistemas (que inclui autoatendimento, call center e banco pela internet).

Redecard
O anúncio do investimento bilionário em tecnologia veio apenas um dia depois de o banco ter concluído uma operação de R$ 10,46 bilhões para fechar o capital da empresa de meios de pagamento Redecard. Após a oferta pública para compra das ações, o Itaú passou a deter mais de 90% da empresa.
Segundo Setubal, a Redecard vai continuar existindo como empresa separada do Itaú Unibanco. Mas o banco pretende ter integração maior com a Redecard, para oferecer mais serviços aos clientes da credenciadora, incluindo os bancos que trabalham com a empresa. Os dados contábeis da empresa serão consolidados no balanço do Itaú.
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Proposta de 7,5% de aumento agrada bancários que sinalizam fim da greve

Os trabalhadores irão votar a oferta em assembleias no País entre quarta-feira e quinta-feira, mas a indicação feita pelos sindicalistas é de aprovação da proposta


Estadão.com

O comando de greve dos bancários vai recomendar que as assembleias que serão realizadas a partir desta quarta-feira votem pelo fim da greve da categoria. Nesta terça-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) fez uma nova proposta, de reajuste de 7,5% nos salários, com aumento real de 2%.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve deve prosseguir hoje - será o nono dia de paralisação -, e a recomendação pelo fim da greve ainda será votada pelas assembleias dos 137 sindicatos representados pela entidade.

"Quem vai decidir são os trabalhadores em assembleias. Pode ser que amanhã a greve já acabe em alguma cidades e em outras quinta ou sexta. Depende das assembleias que serão marcadas pelos sindicatos", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
A proposta aprovada nesta terça-feira pelo comando nacional também prevê o aumento de 8,5% tanto no piso salarial da categoria como no valor dos tíquetes de vale-alimentação e vale-refeição.
Pelo acordo, o vale-alimentação passa de R$ 339,08 para R$ 367,92. O vale-refeição vai de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia. O piso do caixa sobe de R$ 1.900 para R$ 2.056,89. O aumento proposto pela Fenaban para a parte fixa da participação nos lucros e resultados (PLR) e para o teto do adicional foi de 10% (aumento real de 4,37%). A PLR adicional é de 2% do lucro líquido distribuído de forma linear.

"Nesses dias de greve conseguimos romper com o silêncio dos bancos. No ano passado, tivemos um ganho real de 1,5% com uma greve de 21 dias. Este ano tivemos um movimento mais forte e com menos dias conseguimos um aumento real de 2%", afirmou Cordeiro. "Tivemos avanços também na questão da segurança bancária, vamos discutir um projeto piloto em conjunto com a Fenaban sobre o assunto. Temos avanços na saúde, na questão da igualdade de oportunidades."
No início da negociação, os sindicatos pediram uma reajuste de 10,25% (aumento real de 5%), enquanto os banqueiros ofereciam um aumento de 6% (aumento real de 0,58%).
Nesta terça-feira, no oitavo dia de paralisação, 9.551 das 21.714 agências do País ficaram fechadas. A greve dos bancários teve início em 18 setembro e foi decidida no dia 13 de setembro.
Em São Paulo, maior centro financeiro do País, segundo o último balanço do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a paralisação teve a adesão de 35 mil bancários na segunda-feira. A base do sindicato tem 138 mil trabalhadores.
"A nossa avaliação é de que tivemos avanços nos principais pontos da reivindicação e o aumento real de 2% é próximo ao de outras categorias neste ano", afirmou Juvandia Moreira, presidente do sindicato.
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Caixa reduz juros do Construcard e lança cartão para financiamento de móveis e eletrodomésticos

Agência Brasil
 
A Caixa Econômica Federal anunciou ontem (25) novas condições para o Construcard, cartão destinado à aquisição de materiais de construção. As regras são válidas para clientes com renda individual mensal de até R$ 1,6 mil.
 

De acordo com a Caixa, após recentes modificações feitas no cartão, que teve prazo ampliado de 60 para 96 meses e taxas de juros reduzidas, o banco cria agora nova faixa de financiamento para o produto.

As novas condições permitem juros de 0,9% ao mês mais Taxa Referencial (TR) e prazo de até 72 meses para pagar, atendendo à parcela da população com menor renda. A taxa de juros passa a valer a partir de 1º de outubro.

Para usar o cartão, é preciso ir a uma loja credenciada. De acordo com a Caixa, atualmente são mais 65 mil estabelecimentos. Nos últimos cinco anos, o Construcard atendeu a cerca de 1,2 milhão de famílias, financiando um total de R$ 15 bilhões.

Para ter acesso ao cartão Construcard é preciso apresentar documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de endereço e de renda) em uma agência do banco, solicitando uma avaliação cadastral.

O valor máximo do financiamento depende da capacidade de pagamento mensal do cliente, que tem até seis meses para utilizar o limite e começar a amortizar o crédito.

O Construcard é utilizado por meio de cartão magnético exclusivo para a aquisição de material de construção e móveis embutidos, nas lojas credenciadas.

Hoje, a Caixa também anunciou a criação do Moveiscard, cartão para financiamento de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. O novo cartão será comercializado a partir do dia 1º de outubro. A expectativa é que o Moveiscard atenda a 1,6 milhão de famílias até o final de 2013.

Com o cartão podem ser financiados até 100% do bem, com prazo de até 60 meses, sendo dois meses de utilização e 58 meses de amortização, com taxas de juros que variam de 0,9% a 1,8% ao mês.

A menor taxa é destinada aos clientes do Programa Minha Casa, Minha Vida – Faixa 1, com renda familiar de até R$1,6 mil. Nesse caso, o percentual é 0,9% ao mês. No caso de renda acima desse valor até R$ 3,2 mil, a taxa fica em 1,4%. Para a faixa 2, com renda de R$ 3.100,01 a R$ 5 mil, juros de 1,5% ao mês. E para os demais clientes do banco 1,8% ao mês.

Para ter acesso ao Moveiscard, o interessado deve se dirigir a uma agência da Caixa e apresentar documento de identidade, CPF, comprovante de renda e endereço. A utilização dos recursos será feita por meio de um cartão e o pagamento das prestações em débito em conta.
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Setor de turismo terá novo pacote de benefícios até novembro

Agência Brasil

Incluído entre os beneficiados pelo Plano Brasil Maior, o setor turístico aguarda novas desonerações, que deverão contemplar principalmente o segmento hoteleiro. De acordo com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, as medidas serão anunciadas até novembro. Entre elas, estão a ampliação do prazo de depreciação de bens hoteleiros e a isenção tributária para a importação de equipamentos sem similar nacional para parques temáticos.

Com as reduções anteriores – especialmente da folha de pagamentos – os hotéis já começaram a trabalhar com descontos de até 18% nas diárias, informa a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih). A partir do ano que vem, quando entra em vigor a redução nas tarifas de energia, os preços deverão ter nova queda, de cerca de 5%.

“Já desoneramos a folha de salários, o que representa uma economia de R$ 240 milhões por ano [para o setor hoteleiro]. Isso repercute no nosso maior desafio, que é baixar o custo do turismo no Brasil como um todo, e não apenas em hotéis e restaurantes”, disse o ministro.

Segundo ele, as novas desonerações serão apresentadas até novembro. "Além da folha de pagamento [o que já foi feito], pretendemos ampliar o prazo da depreciação dos bens hoteleiros e dar isenção tributária para que parques temáticos possam importar equipamentos sem similar nacional, mas há ainda outras demandas para atender."

Para o presidente da Abih, Fermi Torquato, os benefícios concedidos pelo governo já estão resultarando em preços menores pagos pelos hóspedes de hotéis. “O desconto está girando entre 10% e 18% desde 1º de agosto. Os hoteis já trabalham com essa redução, alguns otimizando e melhorando a capacidade de prestar serviços, e outros reduzindo preço. Com a redução da energia, haverá mais 4% ou 5% de desconto [a partir de 2013]. Mas isso varia, logicamente, de acordo com a classificação e o padrão de serviço do hotel”, ressalta.

O ministro Gastão Vieira considera a entrada do turismo no Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços (Sisconserv) “o mais importante” benefício para o setor. “Ou seja, todas as operações de vinda de estrangeiros para o Brasil e de ida de brasileiros para o exterior serão apropriadas em um sistema que tornará o turismo um produto de comércio exterior, com todas as vantagens que damos para as exportações brasileiras.”

A diferença, diz o diretor da Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, Ítalo Oliveira Mendes, é que o consumidor estrangeiro está aqui no Brasil. "Mas o dólar acaba entrando do mesmo jeito”, completa.
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Banco Central e Polícia Federal renovam acordo de combate à falsificação de dinheiro

Agência Brasil

O Banco Central renovou acordo de cooperação técnica e de informações com a Polícia Federal (PF) para combater a falsificação de moedas e sua circulação, informou ontem (25) a autoridade monetária.

Em nota divulgada pela internet, o BC ressalta que o benefício mais relevante do acordo, que existe desde 2006, é orientar e disciplinar procedimentos a serem adotados em caso da condução de uma investigação policial.

Depois do acordo, o BC passou a calcular o indicador de cédulas falsas por milhão em circulação (PPM). Em 2006, o índice era 162 falsificações por milhão, tendo caído para 84 no ano passado. A título de comparação, nos países da Comunidade Europeia, esse indicador é 70 PPM. Já na Inglaterra, fora da zona do euro, o índice sobe para 120 PPM.
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Bradesco reduz juros do cartão de crédito

Sob pressão do governo, bancos de varejo vêm cortando taxas de juros do cartão de crédito desde agosto


Estadão.com

Sob pressão do governo, os maiores bancos de varejo do País reduzem os juros do cartão de crédito. Nesta segunda-feira, foi a vez do Bradesco, que cortou em cerca de 50% as taxas das compras parceladas e do rotativo. No início de setembro, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal anunciaram medidas semelhantes. Em agosto, o Itaú criou uma nova modalidade de cartão, na qual o juro máximo caiu à metade.

Apesar do movimento, as taxas permanecem elevadas se comparadas a outras modalidades de financiamento e mesmo ao juro básico da economia (Selic). No Bradesco, por exemplo, o juro máximo do rotativo caiu para 6,9% ao mês, de 14,9% antes. Nas compras parceladas, o recuo foi de 8,9% para 4,9% ao mês. Em termos anuais, o rotativo custa, no pior cenário, 122%. Nas compras parceladas, o juro máximo alcança 77,5% ao ano.
Segundo a instituição, os juros ficaram desta forma:



De acordo com dados do Banco Central (BC), em agosto a taxa média de juros para as pessoas físicas estava em 36,2% ao ano. A taxa Selic está em 7,5% ao ano.
O diretor executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, disse que a diferença entre as taxas decorre do nível de inadimplência do cartão de crédito. "Entre os clientes que entram no rotativo, a inadimplência alcança 28%", afirmou. A inadimplência total na modalidade, observou ele, é de 8,3%, segundo o BC.
"Precisamos estimular esse meio de pagamento e de financiamento para que não tenha a imagem maculada por taxas históricas de dois dígitos. Os bancos têm de fazer sua parte, dar sua contribuição", disse Noronha.
O elevado custo das operações no cartão de crédito está na mira do governo. Em recente entrevista ao Estado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chamou de "escorchantes" os juros da modalidade. Por isso, representantes do setor privado estão discutindo com o governo uma agenda que abra caminho para uma redução consistente dos juros. Uma das propostas em análise é o fim do parcelamento sem juros no cartão.
Na avaliação de pelo menos uma das grandes instituições financeiras do País, o parcelado distorce os juros da modalidade. O argumento é de que os inadimplentes acabam financiando os clientes que dividem a compra em várias parcelas sem juros. Para a conta fechar, a taxa do rotativo tem de ser altíssima.
Mas nem todos os bancos concordam. "Não queremos tirar opções do cliente", disse Noronha, do Bradesco. "Apenas concordamos com a ideia de que não se pode ter exagero." Para ele, compras acima de 12 parcelas sem juros se encaixam nessa definição.
Nos últimos cinco anos, a base de cartões de crédito no Brasil praticamente dobrou: em junho de 2012, eram 183,5 milhões, ante 92,4 milhões em junho de 2007.
Santander, Caixa, Itaú e BB informaram que continuam analisando o mercado de crédito para definir se vão reduzir os juros dos cartões.
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Pernambuco faz a festa na premiação do Festival de Cinema de Brasília

Agência Brasil

A dobradinha pernambucana formada pelos diretores Marcelo Gomes e Marcelo Lordello dividiu, na noite de ontem (24), o principal prêmio das mostras competitivas do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Pela categoria de melhor longa-metragem de ficção, os cineastas receberam R$ 250 mil.

Com a trama Era Uma Vez Eu, Verônica, Marcelo Gomes apresentou o universo particular de uma médica recém-formada que vive uma crise existencial, revelando questionamentos universais sobre a profissão, as relações afetivas e o cotidiano em uma cidade grande, Recife, capital de Pernambuco.

Para Gomes, o empate na disputa pelo melhor longa-metragem reforça a força do cinema pernambucano e os ingredientes que têm possibilitado os destaques que essas produções conquistaram. “É prova de que o cinema pernambucano está se renovando, acho que tem uma garra muito grande e o desejo de fazer cinema, uma vontade de refletir sobre o que é viver fora do eixo Rio-São Paulo. O Brasil não é uma Via Dutra. É mais do que isso”, avaliou.

Ambicioso, Marcelo Gomes, que elenca a garra e o diálogo entre os cineastas pernambucanos e a lei de fomento estadual como ingredientes do sucesso, acrescentou que os diretores e produtores entram, a partir de agora, em nova fase.

“Temos que atingir as salas do Brasil todo. Esse é o grande desafio. Acho que tantos os distribuidores quanto os exibidores têm de acreditar no nosso cinema e o governo fomentar a ida às salas de exibição no Brasil inteiro. A gente precisa formar plateias porque o nosso cinema é o espelho da nossa cultura, nossa identidade. Este país só vai reconhecer sua cultura fortemente quando tiver um cinema forte e que combata o Batman. Espero que Verônica tire o Batman de cartaz”, disse, aos risos.

O filme de Marcelo Gomes também foi vencedor do prêmio de júri popular, como melhor longa-metragem de ficção, e recebeu as premiações oficiais de melhor roteiro, melhor fotografia, melhor trilha sonora e melhor ator coadjuvante pela atuação de W.J. Solha. Era Uma Vez Eu, Verônica também foi vencedor do Prêmio Vagalume, de cinema para cegos.

O prêmio oficial de melhor longa-metragem de ficção, compartilhado com o diretor Marcelo Lordello que dirigiu Eles Voltam, reforçou a renovação do cinema pernambucano. Lordello apresentou um filme que retrata problemas sociais cotidianos ao longo da história de uma menina de 12 anos, vivida pela atriz Maria Luiza Tavares, e seu irmão mais velho, que vivem experiências e aventuras no retorno para casa, depois de serem deixados na estrada por seus pais, durante uma viagem em família.

Lordello comemorou a vitória com a certeza de ter conseguido registrar o alerta para questões sociais que o filme aborda, como as desigualdades presentes no país. “Acho que estamos mandando o recado. É meu primeiro longa e vamos continuar a fazer cinema que quer tocar as pessoas e seguir arriscando”.

Pouco antes de correr para abraçar o filho que esperava ansioso pela comemoração, o diretor acrescentou que a divisão da premiação com outro pernambucano revela a força do setor no estado. “Estamos falando de uma edição do festival que teve vários filmes pernambucanos premiados. Isso é prova de que foi ótimo”.

Eles Voltam também foi vencedor do prêmio da crítica, como melhor longa-metragem geral. As atrizes Elayne de Moura e Maria Luiza Tavares receberam o prêmio de melhor atriz coadjuvante e melhor atriz.
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Participação de estrangeiros na dívida interna bate recorde em agosto

Agência Brasil

A participação dos estrangeiros na dívida interna bateu recorde em agosto. Segundo dados divulgados ontem (24) pelo Tesouro Nacional, a fatia da dívida mobiliária – em títulos – interna nas mãos de não residentes subiu para 13,34% (R$ 237,39 bilhões) em agosto, contra 13,22% (R$ 236,47 bilhões) registrados em julho.

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, não apenas a entrada de capital está elevando a participação dos estrangeiros na dívida interna. “Os próprios rendimentos dos títulos, na medida em que são contabilizados, aumentam o saldo de não residentes na dívida”, explica.

Para Garrido, a manutenção do interesse de aplicadores estrangeiros nos títulos do governo brasileiro representa um sinal de confiança na economia do país. Uma alta participação de estrangeiros na dívida interna torna o país mais vulnerável a crises externas, mas o coordenador descarta riscos para o Brasil. “Esse percentual [em torno de 13%] é baixo em relação aos padrões internacionais”, declara.

Segundo o coordenador, a taxação das aplicações de estrangeiros também traz tranquilidade do governo. “O IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] evita a entrada de capital de curto prazo, que sai do país no mês seguinte. Na prática, só os investidores de longo prazo aplicam no Brasil, porque o impacto do imposto sobre os rendimentos [dos títulos brasileiros] será diluído ao longo dos anos”, ressalta.

Desde 2008, o governo cobra IOF sobre aplicações de estrangeiros em renda fixa no país. A alíquota, inicialmente 1,5%, foi gradualmente elevada até chegar a 6% em 2010, percentual em vigor até hoje. Na avaliação de Garrido, o IOF evita a entrada de capital especulativo e estabiliza o fluxo de investimentos. “Os principais compradores estrangeiros de títulos da dívida interna são seguradoras e fundos de pensão, que investem no longo prazo”, diz.
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Vencimento de títulos corrigidos pela inflação faz Dívida Pública Federal cair R$ 10 bilhões em agosto

Agência Brasil

Um forte vencimento de títulos indexados à inflação fez a Dívida Pública Federal (DPF) apresentar leve queda em agosto e manter a distância da barreira de R$ 2 trilhões. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou o mês passado em R$ 1,867 trilhão, valor 0,51% menor que o montante de R$ 1,877 trilhão registrado no fim de julho.

A dívida pública mobiliária (em títulos) interna caiu 0,53%, passando de R$ 1,788 trilhão para R$ 1,779 trilhão. Isso ocorreu porque o Tesouro resgatou R$ 28,32 bilhões em títulos a mais do que emitiu. Esse resgate compensou a incorporação de R$ 18,79 bilhões em taxas de juros.

O reconhecimento de juros ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores (que emprestam dinheiro para que o governo possa rolar a dívida) é incorporada gradualmente ao valor devido. No caso de um investidor que comprou um título por R$ 100 com correção de 12% ao ano, ele receberá R$ 964 ao final de 20 anos. Essa diferença é incorporada mês a mês ao total da dívida pública.

A queda só não foi maior porque a dívida pública externa ficou praticamente estável em agosto. No mês passado, a dívida do governo brasileiro no exterior totalizou R$ 88,43 bilhões, valor apenas 0,02% maior que os R$ 88,43 bilhões registrados em julho. De acordo com o Tesouro, a queda de 0,62% do dólar no mês passado contribuiu para essa estabilidade.

Como os vencimentos no mês passado se concentraram em títulos corrigidos pela inflação, a participação desses papéis na dívida interna caiu de 36,71% em julho para 35,01% em agosto. Em agosto, venceram R$ 46,8 bilhões em títulos atrelados a índices de preços. Os papéis prefixados (com juros definidos antecipadamente), no entanto, respondem pela maior parte do endividamento do Tesouro. A fatia desses títulos na dívida interna passou de 36,89% em julho para 38,47% no mês passado.

A fatia dos títulos vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia), aumentou de 24,54% para 25,23%. Influenciada pela queda do dólar, a parcela da dívida interna vinculada ao câmbio caiu de 1,86% para 1,29%. Esses números levam em conta as operações de swap pelo Banco Central (BC), que equivalem a operações de compra ou venda de dólar no mercado futuro e têm impacto na dívida pública.

Com taxas definidas com antecedência, os títulos prefixados são preferíveis para o Tesouro Nacional porque dão maior previsibilidade à administração da dívida pública. Em contrapartida, os papéis vinculados à Selic representam mais risco porque pressionam a dívida para cima, em ciclos de alta dos juros básicos.

Como os títulos que venceram eram, em grande parte, de curto prazo, o prazo médio da DPF melhorou significativamente, aumentando de 3,99 anos em julho para 4,05 anos em agosto. O Tesouro Nacional não divulga o resultado em meses, apenas em anos. Essa queda se refletiu na redução da participação dos vencimentos nos próximos 12 meses, que caiu de 26,03% para 24,17%. Prazos mais longos são favoráveis para o Tesouro porque dão ao governo mais tempo para planejar e executar as operações de renegociação (rolagem) da dívida pública.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestados recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.
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Ipojuca ganhará distrito industrial próximo a Camela

Polo ficará às margens da PE-60 e vai abrigar micro e pequenas empresas

Por: Amanda Souza da editoria de Economia 
Pernambuco cresce e Ipojuca acompanha o ritmo. A prova disso é que, no sábado, a Prefeitura do município lançou o Distrito Industrial José Múcio Monteiro, localizado às margens da PE-60 e distante 30 quilômetros do Complexo Industrial Portuário de Suape, no acesso do distrito de Camela. O espaço, de 120 hectares, visa abrigar micro e pequenas empresas, com atividades que estejam relacionadas ao Complexo de Suape. Quando em atividade, a expectativa é que os empreendimentos gerem entre 15 e 20 mil empregos diretos. O projeto foi lançado no último sábado, e contou com a presença de vários políticos e empresários.

O projeto, ao todo, inclui 49 lotes, que medem entre um e três hectares cada. “Existe uma demanda muito grande. O mercado está difícil para as micro e pequenas empresas por causa dos preços elevados dos terrenos. Pretendemos atrair indústrias que trabalhem fornecendo insumos para as cadeias de metalmecânica, naval e petroquímica, que são fortes em Suape”, afirmou a secretária de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Ipojuca, Simone Osias.

De acordo com o prefeito de Ipojuca, Pedro Serafim, o terreno foi adquirido há três anos, através da desapropriação de terras da Usina Salgado, ao custo de R$ 2 milhões. Hoje, segundo Serafim, os lotes chegam a valer mais de R$ 20 milhões. “Ipojuca é, atualmente, a locomotiva do Estado. Camela era o distrito da cidade com menos oportunidades e, vendo essa falta de equidade, resolvemos realizar esse investimento”, pontuou.

O pré-cadastramento dos interessados começou na ocasião, mas o processo licitatório ainda está em fase de estudos, devendo ser lançado até dezembro. A área contará com completa infraestrutura de água, energia elétrica, acessos, drenagem, saneamento básico e sistema de comunicação, além de espaços verdes. “Os lotes serão vendidos com a obrigatoriedade de que os projetos executivos sejam cumpridos”, completou Simone.

HOMENAGEM

José Múcio Monteiro, que empresta seu nome ao novo Distrito Industrial de Ipojuca, foi um importante empresário e usineiro pernambucano, tendo sido presidente da Companhia Geral de Melhoramentos em Pernambuco. José Múcio Monteiro faleceu em um acidente de avião em 1972.

Durante o lançamento do distrito, o prefeito Pedro Serafim prestou uma homenagem aos filhos de José Múcio que estavam presentes no evento: Ana Amélia Monteiro, Maria José Monteiro, Domingos José da Costa Azevedo Neto, Antônio José Monteiro e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro Filho. A homenagem se estendeu a Maria Cristina Azevedo de Queiroz Monteiro, viúva de José Múcio, e a também filha Maria Consuelo Monteiro, que não puderam participar do lançamento.

“Para a nossa família, essa homenagem é importantíssima. José Múcio Monteiro, meu pai, foi um grande homem, que trabalhou por esta cidade durante toda a sua vida. Esta também é uma conquista para Ipojuca, por ser mais um polo industrial que se lança em Pernambuco”, afirmou o ministro José Múcio Monteiro Filho.

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Greve dos servidores dos Correios pode chegar ao fim nesta terça-feira

Agência Brasil
 
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcou para esta terça-feira (25) audiência de conciliação do dissídio coletivo entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

De acordo com o diretor de comunicação do sindicato no Rio de Janeiro, Marcus Santaguida, a proposta apresentada pela relatora do caso, a ministra do TST, Kátia Arruda, agradou as principais entidades representativas da categoria no país, mas foi recusada pelos Correios.

“A categoria aprovou o reajuste de 5,2%, reposição de 8,84% do vale alimentação, além da manutenção de outros benefícios, mas a empresa não aceitou. Se a ECT acatar o que foi decidido, a greve pode terminar amanhã mesmo”, destacou o sindicalista.

Na semana passada, uma audiência reuniu as duas partes, mas não houve consenso. A falta de entendimento entre a estatal e os trabalhadores motivou o início da greve no último dia 19. Para minimizar os prejuízos à população, os Correiros promoveram neste final de semana um mutirão com objetivo de agilizar a entrega de cartas e encomendas no país.
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Iniciativa do Senac aproxima estudantes das grandes empresas dos setores de hotelaria e turismo

Agência Brasil

Promover o encontro de estudantes de hotelaria e de turismo com as grandes empresas do setor é o principal objetivo da 1ª Feira de Oportunidades Turismo e Hotelaria, que o Serviço Nacional do Comércio (Senac) promove na quarta-feira (26), no Rio de Janeiro. O evento antecede o Dia Mundial do Turismo, comemorado no dia 27 deste mês.

Andrea Tacoshi, gerente de Turismo e Hotelaria do Senac-RJ, destacou que o evento estará aberto também a moradores de comunidades pacificadas que queiram trabalhar nessas áreas e buscam oportunidades no mercado, além do público em geral. “Qualquer pessoa pode ir à feira”, declarou em entrevista à Agência Brasil.

Dezesseis grandes empresas estarão com seus representantes no evento. Outras dez companhias também estarão oferecendo vagas, embora não participem presencialmente no encontro. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) é uma das entidades apoiadoras da feira. A meta nessa primeira feira é reunir pelo menos 600 estudantes. “Mas a gente espera mais, porque abriu a feira para todas as escolas de hotelaria e turismo do Rio”, disse a gerente do Senac-RJ.

Para os não estudantes, o Senac oferece cursos de capacitação em diversas áreas, incluindo o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal, e o Programa Senac Gratuidade (PSG), para qualificação profissional gratuita. “Na verdade, nós estamos aproximando as vagas que o mercado tem das pessoas”. Os estudantes serão cadastrados nos bancos de dados das empresas parceiras do projeto.

A feira aproveita também a perspectiva de expansão do turismo no Rio de Janeiro, a partir dos megaeventos programados para o país nos próximos anos, entre os quais a Copa das Confederações e o Encontro Mundial da Juventude, em 2013; a Copa do Mundo de 2014; e os Jogos Olímpicos, em 2016, comentou a gerente do Senac-RJ.

Dados do Ministério do Turismo revelam que o estado do Rio recebe, em média, 8 milhões de turistas por ano, dos quais 1,8 milhão são estrangeiros. Segundo a Secretaria Estadual de Turismo, o setor turístico responde por cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado que, em 2009, atingiu cerca de R$ 353 bilhões, de acordo com a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj).

Segundo a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), a receita gerada com o turismo no município, no verão do ano passado, quando o estado recebeu 2,6 milhões de visitantes, totalizou US$ 1,8 bilhão.
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Brasil se prepara para tomar liderança dos Estados Unidos em soja

Agência Brasil

Com o início das chuvas, produtores brasileiros de soja começam o plantio da safra 2012/2013: o Brasil deve tomar a liderança dos Estados Unidos como o principal produtor mundial do produto. Em Mato Grosso, maior estado produtor do cereal, o plantio já começou em alguns municípios, com mais de uma semana de antecipação em relação à safra anterior.

Segundo o meteorologista do Inmet Mozar Salvador, a previsão para os próximos dias é a de chuvas mais intensas nas regiões Nordeste e Sudeste. No Centro-Oeste, as precipitações devem ser em menor intensidade. “Mesmo que, no início, seja em menor quantidade, a tendência é aumentar o plantio”, avaliou o especialista em relação às chuvas tão aguardadas pelos produtores. No Sul, onde a seca forte do início do ano conserva os efeitos até hoje, a previsão é de chuvas acima da média nos próximos três meses.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira, disse que a liderança deve ser conquistada, em grande parte, pela quebra de aproximadamente 20% da safra de soja americana. Além disso, a produção no Brasil deve crescer cerca de 14%, passando de 66,3 milhões de toneladas na safra 2011/2012 para 83 milhões de toneladas na que se inicia.

Além da possibilidade de conquistar a liderança mundial na produção de soja, os sojicultores brasileiros devem se beneficiar também da quebra da safra americana na rentabilidade de suas lavouras. Os preços do cereal estão em patamares recordes e, segundo o assessor da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Sávio Pereira, eles se manterão para o próximo ano.

“Há uma quebra muito grande nos Estados Unidos e isso beneficia a produção e a expansão da área agrícola no Brasil. Os produtores brasileiros terão lucratividade garantida para a safra de 2013”, disse Pereira em nota.
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Crescimento de renda aumenta poder de compra do trabalhador

Agência Brasil

Aparelhos de televisão de tela plana com 40 polegadas, computadores de mesa e portáteis e eletrodomésticos novos estão entre os itens encontrados na casa do motorista aposentado José Brandão dos Santos, de 57 anos, morador da Rocinha, comunidade da zona sul do Rio de Janeiro e uma das maiores favelas da América Latina.

Aposentado por problemas de saúde desde 2010, José Brandão é um exemplo dos brasileiros que tiveram crescimento de renda nos últimos anos, como mostra a Pesquisa por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelos dados, o rendimento médio mensal do brasileiro aumentou 8,3% entre 2009 e 2011, chegando a R$ 1.345.

O aposentado disse que anos atrás era difícil pensar em alcançar todas essas conquistas. Há dois anos ele conseguiu realizar o sonho de muitos brasileiros: a casa própria. Para Santos, a estabilidade econômica do país é a grande responsável pelo aumento de poder de compra da classe trabalhadora. “Não tenho dúvida de que a economia estável pode dar tranquilidade para comprar coisas que antes era difícil ter.” Ele mora coma mulher, que trabalha como diarista e ajuda a complementar a renda familiar, e com dois filhos maiores de 18 anos.

A poucos metros dali, outro morador se mostrava entusiasmado com a elevação da renda do trabalhador brasileiro. Leandro Oliveira é gerente da filial da Rocinha de uma das maiores redes de lanchonetes do país. Ele contou que, com o aumento de renda, pôde se matricular em um curso de inglês. “Estou investindo. Nos últimos anos, muitos turistas têm vindo para cá [Rocinha], então tenho que estar preparado”, destacou.

A Pnad mostrou também que os rendimentos cresceram mais entre os mais pobres do que entre os mais ricos. Isso resultou na queda da diferença entre as duas classes populacionais, apesar de a distância ainda continuar grande.
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Diário Oficial publica MP que desonera folha de pagamento de setores da indústria

Agência Brasil
 
O Diário Oficial da União publica hoje (21) a Medida Provisória (MP) 582, que prevê a desoneração da folha de pagamento para setores da indústria e serviços, além da depreciação acelerada de bens de capital. As mudanças, que têm o objetivo de estimular a economia, foram anunciadas na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
A desoneração da folha de pagamento prevê que os setores contemplados deixem de arcar com a contribuição de 20% ao Instituto Nacional do Seguro Social e paguem um percentual de 1% a 2% sobre o faturamento. Já a depreciação permite lançar parte do preço de máquinas e equipamentos como despesa a cada ano, podendo haver redução no Imposto de Renda recolhido. Mantega anunciou redução da depreciação de dez para cinco anos.

Além dos benefícios referentes à folha de pagamento e à depreciação de bens, a MP 582 institui o Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura de Fertilizantes, com isenção de tributos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e das contribuições para o PIS/Pasep e a Cofins. Poderão se candidatar ao regime empresas com projeto aprovado para implantação ou ampliação de infraestrutura de produção de fertilizantes e insumos.

A MP também amplia a abrangência do Regime Especial Tributário da Indústria da Defesa, altera a incidência das contribuições para o PIS/Pasep e a Cofins sobre a comercialização de laranja, e reduz o Imposto de Renda para os prestadores autônomos de transporte de carga.
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Fórum defende sensibilização da sociedade para mudar a “lógica de naturalizar” o trabalho infantil

Agência Brasil
A redução no número de crianças de 5 a 13 anos que trabalham no país entre 2009 e 2011 é pouco expressiva e confirma que o Brasil tem pela frente o desafio de intensificar as políticas públicas voltadas para a erradicação do trabalho infantil. A avaliação é da secretária executiva do Fórum Nacional para a Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPeti), Isa Oliveira.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), divulgada hoje (21), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o contingente de crianças nessa faixa etária que trabalham caiu 23,5% entre os dois anos, mas ainda soma 704 mil.

“Trata-se de uma redução pequena, pouco expressiva.” Para ela, os dados indicam que o Brasil não vai cumprir a meta das Nações Unidas de erradicar as piores formas de trabalho infantil até 2016 e todas as formas de trabalho infantil até 2020. Ela lembrou que, pela legislação brasileira, o trabalho de crianças com 13 anos ou menos é ilegal.

A secretária executiva defende que toda criança, a partir dos 5 anos, esteja na pré-escola ou na escola, tendo assegurado o acesso à educação de qualidade que inclua a oferta de atividades esportivas, de lazer e culturais.

Além disso, ela acredita ser fundamental aumentar a articulação entre as políticas de assistência social às famílias de baixa renda, principalmente no campo. “É preciso orientá-las para retirarem suas crianças do trabalho e garantir que estejam inseridas em programas sociais que gerem emprego e renda, ajudando-as a ter a consciência da responsabilidade de prover e sustentar suas crianças”, argumentou.

Isa Oliveira destacou que as três esferas de governo devem trabalhar para sensibilizar a sociedade a não contribuir para o trabalho infantil, rejeitando a compra de produtos oferecidos por crianças e adolescentes e deixando de contratar essa parcela da população para trabalhos domésticos, por exemplo.


“O trabalho infantil é uma forma grave de violação de direitos com sérias consequências para o desenvolvimento das crianças. É preciso mudar a lógica de naturalizar o trabalho infantil, por meio de uma sensibilização grande e permanente”, ressaltou.

A secretária executiva do FNPeti disse que o fato de a Região Nordeste concentrar o maior contingente de trabalhadores com 5 a 13 anos (336 mil) não surpreende, já que o cenário é decorrente principalmente de questões econômicas. Ela destacou, no entanto, que os estados da região têm mostrado avanços importantes, como crescentes taxas de escolaridade.

Em relação à Região Sul, onde 80 mil crianças trabalham, ela destacou que o fator cultural, que leva pais a ensinarem o ofício aos filhos, indica o motivo desse cenário, mas não justifica a ocorrência do trabalho infantil.

“Essa situação decorre da percepção de valores culturais que defendem a inclusão das crianças no mundo do trabalho, mas temos que entender que essa violação de direitos deve ser combatida em todas as regiões, todos os estados e municípios”, destacou.
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Vagas para temporários devem crescer mais de 5% no fim do ano

“Natal é uma data emocional em que os brasileiros vão às compras e isso demanda a contratação de mais mão de obra”, observou Jismália de Oliveira Alves, presidenta da associação.


Agência Brasil
As contratações de trabalhadores temporários para o período das festas de final de ano deverão crescer 5,5% - um acréscimo de 8 mil vagas sobre o total registrado no ano passado (147 mil). No total, devem ser abertas este ano 155 mil vagas em todo o país. A expectativa é que 15% desse contingente - ou 23 mil pessoas - tenham chances de serem efetivados.
A projeção faz parte do levantamento encomendado ao Instituto de Pesquisa Manager Ltda (Ipema) pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) e pelo Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindiprestem).


Segundo ela, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de serviços temporários, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da África do Sul, onde o aquecimento na oferta de emprego continua associado aos investimentos feitos à época da Copa do Mundo. Nos últimos três anos, a maior taxa de crescimento no Brasil foi registrada, em 2010, quando o número de vagas aumentou 12% em processo de retomada das atividades após a crise financeira internacional de 2008.

Na avaliação dela, o emprego temporário deverá ser favorecido pelas medidas de estímulos ao mercado interno como os descontos do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor de automóveis e de produtos da linha branca (geladeiras, fogões, máquinas de lavar etc.), além dos juros reduzidos e a entrada de mais dinheiro em circulação com o pagamento do décimo terceiro salário.

Jismália lembrou que a Lei 6.019/74 regulamentou esse tipo de contratação, garantindo a esses trabalhadores os mesmos direitos dos empregados formais. A maioria das novas vagas deve surgir, de acordo com a pesquisa, no setor do comércio (75%), e o restante na indústria.

No comércio, a faixa de salários deverá ficar entre R$ 690 e R$ 1.055, com média de R$ 872, valor 3,5% superior ao registrado em 2011.

Já na indústria, os pagamentos devem variar entre R$ 920 e R$ 1.390, com média de R$ 1.155, 5% acima do valor pago no ano passado. As oportunidades deverão estar, principalmente, nas empresas que produzem bens de consumo (alimentos, bebidas, brinquedos, eletrônicos, vestuário e papel).
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EUA pedem ao Brasil que não eleve tarifas de importação para bens industrializados

BBC Brasil

O governo americano pediu ao Brasil que volte atrás na sua decisão "protecionista" de elevar tarifas de importação de bens industrializados, o que poderia gerar perdas para os exportadores americanos.

Em carta endereçada ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o representante de Comércio Exterior do Executivo americano, Ron Kirk, argumentou que as medidas "vão contra os esforços mútuos" de liberalizar o comércio no âmbito mundial, "erodem" as negociações comerciais multilaterais e prejudicariam "significativamente" as exportações americanas em áreas "cruciais" da sua pauta de exportações.

"Os aumentos de tarifa significativamente restringem o comércio a partir dos níveis atuais e claramente representam medidas protecionistas", escreveu o representante americano. "Historicamente, tais ações frequentemente levaram os parceiros comerciais a responder na mesma moeda, o que amplificaria o impacto negativo [das medidas]."

O governo brasileiro anunciou este mês a elevação – de em média 12% para 25% – das tarifas pagas sobre cem produtos importados para que entrem no Brasil. Este aumento será aplicado no fim de setembro, e outra lista de produtos está sendo preparada para outubro. Os aumentos ficam abaixo do teto de 35 % estabelecido junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).

As elevações têm por objetivo proteger a indústria nacional de importados que continuam a entrar no mercado brasileiro, um dos mais atrativos em meio ao passo lento da economia global. Entretanto, para Ron Kirk, o caráter temporário das medidas "não mitiga o seu efeito prejudicial".

O representante americano lembrou que o comércio de produtos industrializados entre o Brasil e os EUA vem ganhando importância. "Para sublinhar este ponto, nossa análise comercial mostra que, no ano de 2011, as exportações de produtos industrializados para do Brasil para os EUA foram mais de cinco vezes maior que as suas exportações de bens agrícolas para os EUA."
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Mais de 50% dos brasileiros estão na classe média

Agência Brasil
 
Atualmente mais da metade da população brasileira (53%) fazem parte da classe média, o que significa um total de 104 milhões de brasileiros. Nos últimos dez anos, foram 35 milhões os brasileiros incluídos na classe média. Os dados foram divulgado hoje (20) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República no estudo Vozes da Classe Média.

A pesquisa classifica como classe média os que vivem em famílias com renda per capita mensal entre R$ 291 e R$ 1.019 e tem baixa probabilidade de passar a ser pobre no futuro próximo.

De acordo com o estudo, a expansão desse segmento resultou de um processo de crescimento do país combinado com redução na desigualdade. A estimativa é que, mantidas a taxa de crescimento e a tendência de queda nas desigualdades dos últimos dez anos, a classe média chegue a 57% da população brasileira em 2022.

Os dados indicam que a redução da classe baixa foi mais intensa do que a expansão da classe alta. De 2002 a 2012 ascenderam da classe baixa para a média, 21% da população brasileira, enquanto da classe média para a alta ascenderam 6%.

O ministro da SAE, Moreira Franco, destacou o importância do crescimento da classe média para movimentar e impulsionar a economia do país, pois essa fatia da população responde por 38% da renda e do consumo das famílias. “Em torno de 18 milhões de empregos foram criados na última década, esses empregos formais foram associados a uma política adequada de salário mínimo que deu ganhos reais acima da inflação aos brasileiros”, disse Franco.

O crescimento da renda da classe média tem sido maior do que o do restante da população, de acordo com os dados apresentados no estudo. Enquanto na última década a renda média desse segmento cresceu 3,5% ao ano, a renda média das famílias brasileiras cresceu, no mesmo período, 2,4% ao ano.

“A classe média brasileira vai movimentar em 2012 cerca de R$ 1 trilhão”, estimou Renato Meirelles, do instituto de pesquisa Data Popular, que participou da elaboração do estudo.

O estudo usa como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Data Popular.
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Negros representam quase 80% da nova classe média, mostra estudo

Agência Brasil
 
Aproximadamente 80% dos novos integrantes da classe média brasileira são negros. Nos últimos dez anos, a classe média teve um crescimento de 38% e hoje abrange 53% da população, o que significa 104 milhões de brasileiros. Os dados são do estudo Vozes da Classe Média divulgado hoje (20) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.

“Uma das característica da classe média é que os grupos que entraram eram os que estavam menos representados. Agora ela [classe média] é muito mais heterogênea do que era há dez anos. As empregadas domésticas que eram uma fração menor ampliaram a participação, os negros aumentaram. Quase 80% do aumento na classe média referem-se à população negra”, disse o secretário de Assuntos Estratégicos da SAE, Ricardo Paes de Barros.

Com esse aumento, a representatividade entre negros e brancos na classe média ficou equilibrada. Um total de 53% da classe média é formada por negros e 47% por brancos. O estudo registra que esse equilíbrio, no entanto, não significa que as desigualdades raciais foram superadas, uma vez que perduram nas demais classes. Na classe alta, 69% são brancos e 31%, negros e na classe baixa 69% são negros e 31%, brancos.

O estudo identificou também relações entre o emprego e a classe média. Dos trabalhadores ocupados – formais e informais –, 57% estão na classe média. Quando se leva em conta apenas os trabalhadores formais, esse número sobre para 58%.
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Emprego com carteira assinada cai pela metade em agosto

A geração de empregos formais caiu quase pela metade entre agosto de 2011 e de 2012 e atingiu o nível mais baixo desde 2003, segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados hoje (20). 


Agência Brasil

A geração de empregos formais caiu quase pela metade entre agosto de 2011 e de 2012 e atingiu o nível mais baixo desde 2003, segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados hoje (20).

Em agosto deste ano, foram criados 100,9 mil postos no mercado de trabalho, diferentemente dos 190,4 mil em 2011. Em 2003, o balanço de agosto chegou a 79,7 milhões. O saldo atual é o resultado de 1,8 milhões admissões e 1,7 milhões demissões.

De acordo com o secretário substituto de Políticas Públicas do ministério, Rodolfo Torelly, o resultado foi uma "surpresa", mas não chega a ser motivo de alarde , considerando o contexto da crise econômica mundial.

Segundo ele, a queda pode ser atribuída ao comportamento instável e menos previsível do mercado em relação aos meses anteriores. "Quase todos os setores tiveram perda de dinamismo e geraram menos emprego que o normal ", disse.

Para Torelly, setembro deverá demonstrar mais precisamente como ficará a evolução do emprego em 2012. O Ministério do Trabalho prevê que o próximo mês apresente índice maior que o de agosto, mas abaixo do de setembro do ano passado.

A agricultura foi o setor que teve o pior índice de agosto, com saldo negativo de 16,6 mil postos, devido à perda de postos, em lavouras de café em Minas Gerais e no Espírito Santo. Em contrapartida, serviços foi o setor com melhor desempenho, com a geração de 54,3 mil empregos, seguido pelo comércio (31,3 mil) e pela indústria de transformação (16,4 mil). Os destaques foram os serviços em ensino, alimentação e na área médico-hospitalar.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira, a taxa de desocupação no país ficou em 5,2%, indicando alta empregabilidade no país.

Para Torelly, os dados não são comparáveis com os do ministério porque a pesquisa do IBGE considera os mercados formal e informal, ou seja, contabilizando também trabalhadores sem carteira assinada. O Caged, por sua vez, trata apenas de funcionários celetistas.

Além disso, a PME considera seis regiões metropolitanas para o estudo, enquanto o Caged abarca todo o universo de trabalhadores.

O secretário ainda informou que os dados do Caged confirmaram a alta rotatividade no mercado brasileiro e que o ministério vem estudando medidas para combater o fenômeno. "Não é possível que seja necessário admitir 1,8 milhão de pessoas e demitir 1,7 milhão, para que sejam criados 100 mil empregos".


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Demanda da indústria por trabalhadores com qualificação técnica será superior a 7 milhões até 2015, diz estudo

Agência Brasil

O Brasil precisará de 7,2 milhões de trabalhadores de nível técnico e média qualificação para ocupar vagas na indústria até o ano de 2015, em 177 tipos de ocupações diferentes, de acordo com o Mapa do Trabalho Industrial 2012, divulgado hoje (20) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Do total dessa demanda, 1,1 milhão serão para novas oportunidades no mercado de trabalho, o restante será por qualificação dos que já estão trabalhando.

Segundo o estudo, que foi elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a demanda maior entre as ocupações que precisam de cursos profissionalizantes com mais de 200 horas é na área de alimentos, com necessidade de 174,6 mil cozinheiros industriais entre 2012 e 2015. Para operação de máquinas de costura de peças de vestuário serão 88,6 mil pessoas e para a operação de máquinas pesadas para a construção civil serão 81,7 mil trabalhadores.

Entre as ocupações de nível técnico, a demanda é 88,7 mil técnicos de controle de produção, seguido de técnicos de eletrônica, com 39,9 mil, e técnicos de eletrotécnica, com 27,9 mil.

A necessidade de mão de obra qualificada está mais concentrada na Região Sudeste, que precisa de 4,13 milhões de profissionais (57,6%), seguida pelo Sul com 1,5 milhão (20,9%), Nordeste com 854,5 mil (11,9%), Centro-Oeste com 383,5 mil (5,5%) e Norte com 294,8 mil (4,1%).

De acordo com o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Rafael Lucchesi, os dados indicam que a educação profissional é um caminho positivo para os jovens por propiciar mais oportunidades. “Isso é extremamente importante para o projeto de vida da juventude e das famílias brasileiras, mas é importante para a competitividade da indústria brasileira e do país gerando mais desenvolvimento econômico e riqueza”.

Lucchesi ressaltou que a expansão da rede de escolas técnicas federais e estaduais já tem ocorrido para atender a essa demanda, o que serve ainda para balancear a matriz educacional do país. Além disso, muitas das ocupações de nível técnico empregam mais e com salários melhores e mais estabilidade. “Fora isso, o jovem vai ingressar mais cedo no mercado de trabalho e pode, já empregado, continuar estudando e custear seus estudos. A mensagem para a juventude é a de que o curso técnico é uma carreira estável, uma boa aposta. O salário médio inicial é mais de R$ 2 mil, passando por R$ 5 mil e chegando de R$ 8 mil a R$ 15 mil em topo de carreira”.
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Entrada de dólares no país supera saída em US$ 460 milhões em setembro até dia 14

Agência Brasil

O saldo da entrada e saída de dólares do país, fluxo cambial, ficou positivo em US$ 460 milhões, neste mês, até o último dia 14, informou ontem (19) o Banco Central (BC).

O resultado veio do segmento financeiro (investimentos em títulos, ações, remessas de lucros e dividendos ao exterior, entre outras operações), que registrou saldo positivo de US$ 2,246 bilhões. Já o segmento comercial (operações relacionadas a exportações e importações) registrou saldo negativo de US$ 1,787 bilhão.

Na semana passada, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 1,035 bilhão. O segmento financeiro registrou saldo positivo de US$ 1,938 bilhão e o comercial ficou negativo em US$ 904 milhões.

De janeiro até a segunda semana de setembro, o fluxo cambial está positivo em US$ 23,449 bilhões, ante US$ 68,580 bilhões de igual período de 2011. No acumulado até a segunda semana de setembro deste ano, o segmento financeiro registrou saldo positivo de US$ 6,176 bilhões, e o comercial, de US$ 17,274 bilhões.
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Mantega diz na França que inflação no Brasil não é “preocupante”

Agência Brasil
Em reunião com empresários, em Paris, capital francesa, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem (19) que a inflação no Brasil vai ficar dentro da meta, que é 4,5% com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Segundo ele, o processo inflacionário no país não é “preocupante”, referindo-se ao ano em curso e a 2013.

"A inflação segue dentro da meta e vai continuar", disse o ministro. Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou 0,41%, com um acumulado de 5,24% nos últimos 12 meses – perto do limite superior da meta do governo. Para o ministro, o atual cenário econômico nacional manterá o processo inflacionário sob controle.

Mantega citou, como elementos que contribuem para a estabilidade do cenário econômico, as reduções das taxas de juros, das tarifas de energia e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os veículos novos e a alíquota zero para os eletrodomésticos de linha branca.

O ministro disse ainda que o governo não estuda novas medidas de estímulo econômico. Segundo ele, o crédito deve continuar em alta no país. Mantega disse que mais de 30 milhões de brasileiros ascenderão das classes D e E para a C no próximo ano. Para ele, em 2020, o Brasil será o quinto mercado consumidor do mundo.

Mantega alertou que a tendência é que a Europa ainda se mantenha, nos próximos três anos, sob os efeitos da crise econômica internacional. “Pode-se pensar em dois ou três anos para sair do problema”, disse. “O mercado europeu vai continuar estagnado nos próximos anos”, acrescentou, ao citar questões pendentes e atrasos de ativação em alguns mecanismos de superação da crise.

O ministro se reunir ontem (18) com o ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, e encerra hoje sua visita a Paris. Mantega reiterou que o Brasil “reúne as condições para continuar a crescer, apesar da crise e com bases sólidas”.

Para Mantega, a decisão do Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, de comprar dívida mobiliária em massa prejudica os países emergentes, como o Brasil, com o impacto que tem sobre o câmbio entre o dólar e o real. Segundo ele, depois das eleições norte-americanas, o governo dos Estados Unidos vai pôr em marcha uma política fiscal para estimular a atividade e o consumo.

Da França, Mantega segue amanhã (20) para Londres, no Reino Unido. Na capital britânica, ele participa de uma conferência sobre o crescimento econômico internacional.

*Com informações da BBC Brasil e da agência de notícias de Portugal, Lusa
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Em audiência, entidades de defesa do consumidor criticam proposta da Aneel de pagamento antecipado de energia

Agência Brasil

Entidades de defesa do consumidor e representantes da sociedade civil organizada criticaram ontem (19) a proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de pagamento antecipado de energia elétrica apresentada durante audiência pública no Rio de Janeiro.

O sistema de pré-pagamento proposto pela Aneel prevê o uso de um medidor eletrônico, que deverá ser instalado gratuitamente pela distribuidora de energia elétrica e que terá leitura do consumo em tempo real. O consumidor poderá comprar diferentes valores, considerando-se como valor mínimo o equivalente a 1 quilowatt (kW) - o inicial será de 5 kW, a ser pago na primeira compra de créditos. Os créditos comprados não terão prazo de validade.

O ponto mais polêmico da proposta, similar à modalidade de celulares pré-pagos, é o que prevê a interrupção imediata do serviço no momento em que os créditos acabarem. Hoje as empresas são obrigadas a notificar o consumidor, com pelo menos 15 dias de antecedência, sobre a suspensão do serviço.

A assessora de projetos do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Teresa Liporace, argumentou que esse modelo é uma forma de burlar as garantias legais do consumidor.

“Estamos falando de um serviço essencial e essa autodesconexão do sistema pode representar um impacto na saúde, na segurança do cidadão e em sua qualidade de vida. É um serviço que deve ser prestado de forma contínua. Se hoje existe um mecanismo que tenta recuperar o consumidor para que ele não perca esse acesso a um serviço essencial, com essa nova regulamentação, ele vai ser desconectado e ponto. Um problema a menos para a empresa, mas e para a sociedade? Onde está o interesse público dessa proposta?”, questionou Teresa, que solicitou a suspensão do projeto até que se faça um estudo aprofundado sobre os impactos sociais e econômicos da nova modalidade.

O superintendente de Regulação de Comercialização de Eletricidade da Aneel, Marcos Bragatto, garantiu que a proposta inclui mecanismos de defesa do consumidor. “Quando esses créditos chegarem a níveis críticos, o próprio medidor vai alertar o consumidor com sinal sonoro e visual sobre a necessidade de se fazer nova compra. Caso ele não faça e os créditos se esgotem, ele pode ligar para a distribuidora gratuitamente e solicitar um crédito de emergência”, disse.

O representante da Aneel também ressaltou que a adesão é voluntária e que se o consumidor preferir poderá cancelar o plano e migrar para o modelo pós-pago sem empecilhos.

“É muito fácil compelir um consumidor com alta inadimplência a migrar para um processo desses. E a gente entende que o principal alvo são pessoas mais pobres, absolutamente vulneráveis, sem informação”, rebateu Teresa. “E o pior é que se esse consumidor quiser recorrer, reclamar, ele terá que enfrentar todo problema que já existe no processo demorado de reclamação sem energia em casa.”

Para o diretor da Aneel Edvaldo Santana, o pré-pagamento de energia traz vários benefícios para o consumidor. O principal deles é a redução significativa da tarifa de energia à medida que haja maior adesão dos clientes. “Existe uma incompreensão, mas acredito que o benefício seja bastante evidente, pois a redução da tarifa é um exemplo maior de benefício social”, declarou.

Ele ressaltou que a Aneel pode rever a proposta e estudar o aumento do prazo para efetivação do corte de energia devido à falta de pagamento prévio. “Agora, claro, não pode aumentar muito esse prazo senão diminuem os benefícios, porque aumentam os custos (...) Mas a Aneel vai analisar as sugestões e por isso estamos realizando essas audiências.”

Ele citou experiências de pré-pagamento em outros países como o Reino Unido, a África do Sul, a Colômbia e a Argentina. Segundo ele, nesses locais, os consumidores estão satisfeitos.

A representante do Procon-RJ Cláudia Henrique da Silva discordou do diretor da Aneel e disse que estudos recentes sobre esse modelo em outros países mostram que não houve redução da conta de energia para o consumidor médio. “Além de serem países com realidades e legislações bem diferentes da nossa, os estudos que fizemos sobre alguns desses lugares mostram que quem lucra [com o sistema pré-pago de energia elétrica] são as fábricas, comerciantes, indústrias. Nós, jamais. O consumidor em baixa escala não tem benefício nenhum.”

O presidente da Associação de Moradores de Vigário Geral, João Ricardo Serafim, defendeu maior fiscalização por parte das autoridades nos serviços prestados pelas concessionárias de energia elétrica. Para ele, a tecnologia deve ser aplicada para melhorar a condição de vida dos moradores e não aumentar lucros das empresas. “Precisamos ter parâmetros preliminares, como a questão dos impostos e de diferenciação de energia para o desenvolvimento social e não para ganhar dinheiro. Para os pequenos comerciantes, por exemplo, o valor cobrado não pode ser igual ao de um shopping", declarou. “Essa é a discussão que temos que tratar aqui.”

Os benefícios para as concessionárias são, principalmente, o fim dos custos com inadimplência, impressão e entrega de fatura, suspensão e religamento da energia.

Essa foi a nona audiência pública realizada pela Aneel no país para tratar do tema. A última delas ocorre amanhã (20) em Cuiabá. Sugestões podem ser enviadas por e-mail (ap048_2012@aneel.gov.br), fax (61-2192-8839) ou correspondência (SGAN, Quadra 603, Módulo 1, Térreo, Protocolo Geral, CEP 70.830-030, Brasília-DF) até o dia 25 deste mês.

A expectativa da Aneel é que a regulamentação do novo modelo de pagamento de energia elétrica seja publicada no início de 2013.
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Petrobras quer encontrar parceiros com maior experiência em refino

Graça Foster acrescentou que o pré-sal brasileiro tem apresentado “potencial acima do esperado” e que isso tem favorecido o cenário.


Agência Brasil

A presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse ontem (19) que a estatal procurará, nas próximas rodadas de negociação, sócios ou parceiros com maior experiência de refino, e citou como exemplo a Petróleos de Venezuela (PDVSA). “Lamento que ela ainda não esteja conosco”, acrescentou. A estatal venezuelana deverá ser sócia da Refinaria Abreu e Lima, a Refinaria do Nordeste (Rnest), que está sendo construída em Pernambuco.

“Com certeza, temos [despertado] o interesse de sócios e parceiros, mas isso [os nomes] é absolutamente confidencial. Precisamos conhecer o outro lado interessado, para que possamos definir nosso portfólio de projetos para a próxima rodada de negócios, que é muito bem-vinda”, disse a presidenta da estatal, após participar de audiência na Câmara dos Deputados. Ela também anunciou aos deputados federais que a previsão de investimentos da Petrobras para este ano é R$ 87,5 bilhões.

Graça Foster acrescentou que o pré-sal brasileiro tem apresentado “potencial acima do esperado” e que isso tem favorecido o cenário. “Estamos conseguindo desenvolver, como era esperado, a nossa produção e aprendido com isso. Vamos trazer investimentos a menores custos, conhecendo melhor nossos reservatórios, seu potencial e a forma de produção, tanto no pós como no pré-sal”.

Em agosto passado, a dirigente informou que a negociação com a PDVSA estava dependendo de a estatal venezuelana apresentar garantias bancárias ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na Câmara dos Deputados, ela voltou a demonstrar interesse em contar com essa parceria.

“Se encontrarmos bons sócios, com experiência em refino – coisa que não temos – certamente sentaremos para conversar. A PDVSA é nossa sócia potencial e vem discutindo questões de garantias e contragarantias junto ao pool de bancos com quem vem trabalhando [na busca por financiamentos]. É importante que [a PDVSA] venha porque tem mais experiência em refino. É uma grande parceira. Lamento que não esteja conosco”, disse a presidenta.

Sobre a possibilidade de haver aumento no preço dos combustíveis, Foster disse que a companhia tem uma política de preços de médio e de longo prazo. “Trabalhamos pela convergência de preços. Entendemos que esse mercado altamente demandado é extremamente importante inclusive para justificar os investimentos nas refinarias”.
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BC cria diretoria de educação financeira e atendimento ao cidadão

Agência Brasil
 
O Banco Central criou uma diretoria para tratar de educação financeira e do atendimento ao cidadão. A Diretoria de Relacionamento Institucional e Cidadania “atuará para fortalecer os processos de educação financeira, integrar as comunicações externa e interna e trabalhar no fornecimento de informações e no atendimento às reclamações e denúncias do cidadão”.

 
O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania, Luiz Edson Feltrim, acumulará a supervisão dos trabalhos da Assessoria Parlamentar e da Ouvidoria. “A mudança visa a concentrar todos os assuntos relacionados à comunicação com o público externo em uma única área”, informa o Banco Central.
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Filhote de baleia é encontrado morto na Praia de Serrambi, Litoral Sul de PE

Menos de um mês que foi encontrado um pinguim em Serrambi, agora foi um filhote de baleia, animal tinha sete metros de comprimento e pesava 1,5 tonelada.
Suspeita é que bicho foi tropelado por embarcação ou se enroscou em rede.


G1 PE

Um filhote de baleia foi encontrado morto na Praia de Serrambi, no Litoral Sul de Pernambuco, nesta terça-feira (18). O animal tinha sete metros de comprimento e pesava 1,5 tonelada. Por falta de transporte até à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), o bicho foi enterrado em um terreno próximo à praia, com ajuda de um trator da Prefeitura de Ipojuca.

Filhote de baleia chegou morto à Praia de Serrambi, em Pernambuco (Foto: Adriano Artoni/ Arquivo Pessoal)Filhote de baleia chegou morto à Praia de Serrambi, em Pernambuco (Foto: Adriano Artoni/ Arquivo Pessoal)
 
De acordo com Adriano Artoni, voluntário de resgate e salvamento de animais, o filhote chegou à costa pernambucana por volta das 17h da segunda-feira (17). "Ele estava bastante mutilado, só com uma nadadeira, sem a cabeça e sem a cauda. Algumas partes do animal estavam presas em redes e cordas de navio. Outros pedaços estavam espalhados pela praia", disse.

Artoni informou que uma equipe de estudantes da UFRPE estava pronta para receber os restos mortais da baleia, mas nenhuma instituição contactada por ele ofereceu o transporte até a universidade. Segundo ele, os órgãos do animal estavam intactos. "Fico triste porque esse animal iria dar muitas informações para os alunos, pena que não tive apoio nessa hora", comentou.

O ambientalista acredita que o filhote é da espécie Cachalote, que é um animal oceânico e não vive na costa. "Como é época de acasalamento, ele deve ter saído da rota da corrente marinha e parou aqui. Acho que, infelizmente, foi atropelado por uma embarcação ou se enroscou em alguma rede de navio", falou.
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Correios entram em greve em 18 Estados e DF

Trabalhadores paralisaram atividades por tempo indeterminado, reivindicando reajustes salariais e reposição de perdas


Agência Brasil

Os trabalhadores da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) em 18 estados e no Distrito Federal estão em greve a partir de hoje, por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajustes salariais e reposição de perdas.

Em Brasília, os trabalhadores prometem ficar mobilizados desde o começo da manhã, em manifestação em frente ao Ministério das Comunicações, onde aguardam reunião com representantes do governo. Às 10h30 haverá uma audiência no TST (Tribunal Superior do Trabalho).

O salário inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo é R$ 942. Dos 35 sindicatos da categoria, dez ainda farão assembleias de hoje até o dia 25. Uma das maiores empresas empregadoras no regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), os Correios têm mais de 115 mil funcionários.

Paralisações

Aprovaram a paralisação os empregados dos Correios em Alagoas, no Amazonas, Ceará, Distrito Federal, em Goiás, Mato Grosso, na Paraíba, no Paraná, em Pernambuco, no Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e no Tocantins. Em Minas Gerais e no Pará, a categoria já havia iniciado a greve na semana passada.

O comando de negociação da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil. Mas quatro sindicatos dissidentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru), que se desfiliaram da federação, pedem 5,2% de reposição, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100.

A empresa sustenta que o índice de reajuste de 5,2% oferecido aos trabalhadores garante o poder de compra e repõe a inflação do período, diz a ECT em seu blog institucional. Os Correios informam ter um plano de contingência para manter a prestação de serviços à população.

Segundo a ECT, há um plano com medidas como a realocação de empregados das áreas administrativas, a contratação de trabalhadores temporários e a realização de horas extras e mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos fins de semana. Em nota, a assessoria da empresa diz que apenas os itens econômicos da pauta de reivindicações dos sindicatos, se atendidos, gerarão acréscimo até R$ 25 bilhões na folha, cuja previsão de receita é R$ 15 bilhões para 2012.
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Centrais vão propor ao governo criação de fundo para reduzir rotatividade no mercado de trabalho

Agência Brasil

As centrais sindicais pretendem apresentar ao governo federal um conjunto de propostas para combater a alta rotatividade no mercado de trabalho e evitar possíveis mudanças no seguro desemprego e no abono salarial. Uma delas propõe a criação de um fundo garantidor, que seria financiado pelo repasse do adicional de 10% da multa sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e gerido pelo governo, centrais sindicais e empresários.

“As empresas que praticam rotatividade maior do que a média do seu setor deveriam contribuir mais com este fundo”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, durante entrevista coletiva realizada na tarde de ontem (18), em São Paulo.

Participaram ainda os presidentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes; da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah; e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira; além do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves e o secretário de Comunicação da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Nailton Francisco.

A ideia é que, em momentos de crise, as empresas que estão em dificuldades possam recorrer ao fundo, explicou Vagner Freitas. “Fazemos a estimativa que essa pequena medida geraria R$ 3 bilhões ao ano [aportados no fundo]”, disse.

A inspiração para a criação do fundo vem do modelo alemão. De acordo com as centrais sindicais, quando surgem dificuldades econômicas, as empresas alemãs reduzem a jornada de trabalho ou interrompem totalmente a produção, e os salários dos trabalhadores são custeados por esse fundo. No próximo dia 23, representantes das centrais devem visitar a Alemanha para entender melhor o funcionamento desse fundo.

Segundo o presidente da CUT, as centrais já encaminharam um pedido de audiência com a presidenta da República Dilma Rousseff e com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, para apresentar as propostas.

Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que a rotatividade da mão de obra no país atingiu 53,8% em 2010. Descontados os desligamentos a pedido do trabalhador, aposentadoria e falecimento, a taxa chega a 37,28%. “Há dados que demonstram que 126 mil estabelecimentos [que representam 5,8% do total do país] são responsáveis por 63% dos desligamentos, o que demonstra que demitir no Brasil é fácil e barato”, disse Freitas.

Outra proposta a ser apresentada ao governo prevê que as empresas que apresentem baixa taxa de rotatividade de trabalhadores possam ter preferência em licitações. “Não se pode, de forma nenhuma, [permitir que] empresas que estabelecem muitas demissões e com alta rotatividade, maior do que a média do seu setor, participem de licitações públicas ou tenham acesso a financiamento público. Deveria ter uma medida que, quando as empresas praticam isso [alta rotatividade], elas não possam ter acesso a esse tipo de financiamento”, observou o presidente da CUT.

Entre as propostas também estão o incentivo à organização por local de trabalho, de forma que conflitos internos sejam resolvidos dentro da própria empresa, e a ratificação da Convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), segundo a qual a empresa terá que comunicar com antecedência e justificar as razões para a demissão.
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