Pouco dinheiro pra investir? Conheça por que o Tesouro Direto é a bola da vez

Com Selic de volta à casa dos dois dígitos, rentabilidade do Tesouro Direto deixou o investimento atrativo; mas é preciso ter cuidado com prazos e objetivos


, de Exame.comAdaptado por Simples finanças.
No ultimo dia 02 abril, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar pela nona vez seguida a taxa de juro básicos da economia, a Selic, que passou de 10,75% para 11% ao ano – uma alta de 0,25 ponto percentual, em linha com o consenso das apostas do mercado financeiro. 


Com a taxa básica de juros de na casa dos dois dígitos, o Tesouro Direto ficou ainda mais atrativo, oferecendo boas remunerações acima da inflação para curto, médio e longo prazo. O momento se tornou propício para quem deseja comprar títulos públicos, pois as taxas oferecidas pelas Notas do Tesouro Nacional-série B estão na casa de 6% acima da inflação, e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT) vão se beneficiar dos juros altos.
O Tesouro Direto é bastante indicado para o pequeno investidor por ser um investimento rentável, seguro, barato e que requer aportes baixos. A plataforma online do Tesouro Nacional para a compra e venda de títulos públicos por pessoas físicas oferece títulos pós-fixados – atrelados à Selic –, pré-fixados – com uma taxa estabelecida na hora do investimento – e híbridos de pré e pós-fixados – com parte da remuneração pré-fixada e a outra parte atrelada à inflação.
Ocorre que todas as taxas dos títulos públicos – tanto as pré quanto as pós-fixadas – são afetadas pela taxa Selic. No caso das LFTs, que são pós-fixadas, quanto mais a taxa Selic sobe, maior a remuneração do investidor que as detém. No caso dos títulos que têm parte ou toda a remuneração pré-fixada, uma Selic maior se traduz em uma taxa pré-fixada maior no ato da compra.
Por exemplo, no início de novembro de 2012, quando a Selic tinha acabado de passar para sua mínima histórica de 7,25% ao ano, as Letras do Tesouro Nacional (LTN), que são pré-fixadas, pagavam entre 7% e 8% ao ano, dependendo do prazo. Hoje, quem comprar esses mesmos títulos vai receber em torno de 12% ao ano no vencimento.
O mesmo acontece com as NTN-Bs, que têm a vantagem de protegerem o dinheiro investido contra a inflação. Quem comprou um título desses no início de novembro do ano passado, por exemplo, vai receber um juro real (remuneração acima da inflação) entre 2% e 4% no vencimento, dependendo do prazo.
Já quem comprar um título desses agora vai receber em torno de 6% acima da inflação no vencimento. “É um juro real bastante elevado, em um cenário em que a inflação não deve ser muito baixa”, diz Arnaldo Curvello, diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora.
os principais títulos do tesouro são:

LTN - Letra do Tesouro Nacional - Título com rentabilidade definida (taxa prefixada) no momento da compra. O pagamento é único e feito na data de vencimento do título ou de seu resgate;

• LFT - Letra Financeira do Tesouro - Título com rentabilidade diária vinculada à taxa de juro básica da economia (taxa Selic, taxa média das operações diárias com títulos públicos registrados no sistema Selic). O pagamento é único e feito na data de vencimento do título ou de seu resgate;

• NTN-B - Nota do Tesouro Nacional, série B - Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento de cupom de juros é realizado semestralmente e o valor do título é pago na data de seu vencimento ou de seu resgate;

• NTN-B Principal - Título com a rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento é único e feito na data de vencimento;

• NTN-F - Nota do Tesouro Nacional, série F - Título com rentabilidade prefixada, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento de cupom de juros é realizado semestralmente e o valor do título é pago na data de seu vencimento ou de seu resgate.

*Fonte: site do Tesouro Direto “